Reinvenções

Estou lendo um livro muito interessante sobre africanidade na Bahia. Apesar de ser algo mais voltado para as manifestações do que se considera afro aqui no estado, "Reinvenções da África na Bahia" (Patricia de Santana Pinho) tem um embasamento bem interessante sobre a questão do mito da "Mama África" que permeia a maior parte do nosso pensamento. O livro foi originado a partir de uma tese de doutorado. Eu estou adorando. Aí vai um trechinho dele:

“Desde a colonização do Novo Mundo e a dispersão de africanos escravizados, a África tem sido a principal fonte de inspiração para as chamadas culturas negras que se criam e se recriam por toda a diáspora. (...) É uma África que pode até ser muitas Áfricas, mas que permanece una”. (PINHO, 2004. P. 27)

Começo

– Enfim algumas de minhas utopias estão saindo da minha mente, indo para o papel e estão mais próximas de serem concretizadas. Minha viagem para a África é uma delas. Quem me conhece sabe da minha identificação profunda com as minhas origens afrobaianas. A desculpa para ir ao continente é fazer o trabalho de conclusão de curso. Vou entre o fim desse ano e o começo do outro. Eu só me formo no fim do ano que vem, mas como a África não fica ali na esquina, tenho que ir com antecedência e caso precise coletar mais material posteriormente, vou ter um bom tempo para viajar de novo.

Atravessar o oceano significa – burocraticamente falando: tirar passaporte, conseguir visto, ver lugar para ficar, descobrir como sacar dinheiro, descobrir como me locomover, descobrir o que vou comer (isso depende de onde vou ficar hospedada), descobrir um guia. Ou seja, é muita coisa para resolver em oito, nove meses. Será que vou dar conta?

Para ir comigo nessa empreitada: Carol Patriarca. Ela se animou logo quando eu contei das minhas pretensões para o TCC e ainda deu boas ideias, como o álbum fotográfico.